Blog dedicado a ações naturalistas como preservação e admiração das belezas naturais brasileiras incluindo geografia, flora e fauna. Expor informações sobre lugares e suas paisagens, plantas e animais é um objetivo que a muito tempo percorro e agora pode ser utilizado para fins turísticos, ecológicos entre outros.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Caracará (Caracara plancus)


Também conhecido como carcará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó) e gavião-de-queimada, o caracará não é, taxonomicamente uma águia, e sim um parente distante dos falcões. Ocorre em campos abertos, cerrados, borda de matas e inclusive centros urbanos de grandes cidades.

Medindo cerca de 56 cm da cabeça a cauda e 123 cm de envergadura, o caracará é facilmente reconhecível quando pousado, pelo fato de possuir uma espécie de solidéu preto sobre a cabeça, assim como um bico adunco e alto, que assemelha-se à lâmina de um cutelo; a face é vermelha. É recoberto de preto na parte superior e possui o peito de uma combinação de marrom claro com riscas pretas, de tipo “carijó”; patas compridas e de cor amarela; em voô, assemelha-se a um urubu, mas é reconhecível por duas manchas de côr clara na extremidade das asas.


Não é um predador especializado, e sim um generalista e oportunista assim como o seu parente próximo, o carrapateiro (Milvago chimachima). Onívoro, alimenta-se de quase tudo o que acha, de animais vivos ou mortos até o lixo produzido pelos humanos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça lagartos, cobras, sapinhos e caramujos; rouba filhotes de outras aves, até de espécies grandes como garças, colhereiros e tuiuiú (Jabiru mycteria); arranha o solo com os pés em busca de amendoim e feijão; apanha frutos de dendê; ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outros animais. Também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas. É muito comum ser avistado ao longo das rodovias para alimentar-se dos animais atropelados. Fica nas proximidades dos ninhais para comer restos de comida caídos no chão, ovos ou filhotes deixados sem a presença dos pais. Chega a reunir-se a outros caracarás para matar uma presa maior. É também uma ave comedora de carniça e é comumente visto voando ou pousado junto a urubus pacificamente, principalmente ao longo de rodovias ou nas proximidades de aterros sanitários e locais de depósito de lixo.


Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras ou em outras árvores. Usa ninhos de outras aves também. Os dois ovos brancos manchados de marrom-avermelhado são incubados durante 28 a 32 dias, com o filhote voando no terceiro mês de vida.
Vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversão da floresta em áreas de pastagem, como aconteceu no leste do Pará. Pousa em árvores ou cercas, sendo freqüentemente observado no chão, junto à queimadas e ao longo de estradas. Passa muito tempo no chão, ajudado pelas suas longas patas adaptadas à marcha, mas é também um excelente voador e planador, costuma acompanhar as correntes de ar ascendentes. Durante a noite ou nas horas mais quentes do dia, costuma ficar pousado nos galhos mais altos, sob a copa de árvores isoladas ou nas matas ribeirinhas.
Para avisar os outros caracarás de seu território ou comunicação entre o casal, possui uma chamado que origina o seu nome comum, “caracará”. Nesse chamado, dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre as costas, enquanto emite o som (algumas espécies de aves de rapina tem o mesmo habito de dobrar o pescoço para trás quando emitem som).

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ninhos de Aves - Engenharia da Natureza

Um ninho é uma estrutura construída pelas aves para ali porem os ovos e fornecerem proteção aos filhotes.


Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome comum: Coleirinho
Família:Emberizidae
Nome científico: Sporophila caerulescens

Os ninhos das aves são em geral construídos com pequenos ramos, ervas, palhas, capim, gravetos, barro ou outros materiais, muitas vezes "atapetados" com penas macias do seu próprio corpo.

Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome:João-de-pau
Família: Furnariidae
Nome Científico:Phacellodomus rufifrons


A construção de um ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. 


Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome:João-de-barro
Família: Furnariidae
Nome Científico: Furnarius rufus

Usam o bico como ferramenta pra construir. Escolhem os materiais e depois juntam tudo, fazendo um ninho bem aconchegante.


Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome:João-de-barro
Família: Furnariidae
Nome Científico: Furnarius rufus



Mas nem todos os pássaros constroem ninhos da maneira convencional.  As as urbanas se adaptaram para aproveitar as oportunidades que os humanos lhe deram. 


Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome: Andorinha-pequena-de-casa
Família: Hirundinidae
Nome Científico: Pygochelidon cyanoleuca





Algumas espécies de aves estão a cada dia mais adaptadas ao meio urbano que em alguns momentos dependem da existência do homem para confeccionar seus ninhos.



Crédito da foto: Filipe Salazar



Nome: Rolinha-roxa
Família: Columbidae
Nome Científico: Columbina talpacoti

Pássaros que constroem ninhos apresentam também acentuado regime familiar e instinto de cooperação. Na maioria das vezes o macho e a fêmea trabalham juntos na coleta de material e na própria acomodação das plumas, fios, ramos, barro e toda a grande variedade de componentes do ninho. 


Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome: Rolinha-roxa
Família: Columbidae
Nome Científico: Columbina talpacoti






É comum também que, durante o tempo de incubação, o macho saia à procura de alimento para a fêmea que está chocando (ou vice-versa, porque em algumas espécies são os machos que chocam os ovos).

Crédito da foto: Filipe Salazar
Nome: Pintassilgo
Família: Fringillidae
Nome Científico: Sporagra magellanica


quinta-feira, 18 de março de 2010

Beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura)

Os beija-flores são sem dúvida um dos grupos de aves mais típicos do continente americano, com suas cores iridescentes, rapidez descomunal, capacidade de pairar no ar e tamanho reduzido. O beija-flor-tesoura é talvez o integrante mais famoso desse grupo, ao menos no Brasil não amazônico, provavelmente pela sua abundância em locais urbanizados, pela beleza de sua coloração, pela tesoura facilmente reconhecível e principalmente pelos seu comportamento abusado, é um dos maiores e mais briguentos beija-flores. É também conhecido como beija-flor-rabo-de-tesoura e tesourão.







Características

Um dos maiores beija-flores, podendo atingir 19 cm de comprimento e 9 g em peso, caracteriza-se pela cauda profundamente bifurcada que toma quase 2/3 do tamanho total. A cabeça e o pescoço são azuis e resto da plumagem verde-escuro brilhante.
Os beija-flores têm o metabolismo mais acelerado entre as aves. Podemos dizer que eles vivem em outro rítmo, pois tudo é acelerado. Quando em vôo podem bater as asas dezenas de vezes por segundo. O canto é muito agudo e rápido, parecendo um simples assovio para nossos ouvidos, mas quem estuda bioacústica sabe que quando a vocalização destas aves é analisada com cuidado em um sonograma esta mostra-se muito complexa e até melodiosa (para os ouvidos dos beija-flores).

Alimentação

Assim como outros beija-flores alimenta-se basicamente de néctar de flores, mas também caça pequenos insetos com grande habilidade.

Reprodução

Durante o acasalamento, macho e fêmea realizam vôos de zigue-zague, ocorrendo vôos rasantes do macho sobre a fêmea. O ninho, em forma de tigela, é assentado numa forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. O material utilizado na construção é composto por fibras vegetais incluindo painas, musgos e líquens, aderidos extremamente com teias de aranha. Põe de dois a três ovos brancos nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 dias e são alimentados principalmente com insetos.

Hábitos

Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar, ou nas flores de seus jardins. É uma espécie territorialista. Em algumas épocas do ano quando há menos disponibilidade de néctar esta ave adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra o cambacica.
Fonte: Wikiaves

Rolinha-roxa (Columbina talpacoti)

Historicamente uma das primeiras espécies brasileiras a se adaptar ao meio urbano, ainda é a espécie nativa mais comum em boa parte das grandes cidades brasileiras. É curioso notar que costuma ser encontrada em maior quantidade em locais alterados pelo homem do que em seu próprio habitat original que são as áreas de cerrados e campos.
Conhecida também como caldo-de-feijão, rola-caldo-de-feijão, rolinha-caldo-de-feijão, picuí-peão, rola, pomba-rola, rola-cabocla(CE e PB), rola-grande, rola-roxa, rola-sangue-de-boi(PE e BA), rolinha, rolinha-comum e rolinha-vermelha.





Características

O macho, com penas marrom avermelhadaa, cor dominante no corpo do adulto, em contraste com a cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa uma série de pontos negros nas penas. filhote sai com traços da plumagem de cada sexo.

Alimentação

Alimenta-se de grãos encontrados no chão. Havendo alimento, reproduz-se o ano inteiro.

Reprodução

O casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas de perto. O macho possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, bem fechados pelas ramadas do entorno. Postura de 2 ovos, chocados pelo macho e fêmea entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com no máximo 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais permitem.

Hábitos

Adapta-se aos ambientes artificiais criados pela ação humana. Vive em áreas abertas; o desmatamento facilitou sua expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Entrou nas grandes cidades das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil; facilmente encontrada no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territórios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos são mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no chão e com a asa esticada para cima, mostram a grande área de penas negras sob a asa.
Observadores de pássaros do centro-sul de nosso país vêm observando uma “substituição” desta espécie por outra pombinha, a Zenaida auriculata, também conhecida como pomba-de-bando, amargosinha ou avoante. Esta última espécie vem conquistando o ambiente urbano cada vez mais efetivamente e está aparentemente competindo com a rolinha-roxa, que já é menos freqüente que a pomba-de-bando na maioria das cidades do interior de São Paulo. Seja como for, esta espécie simpática e até mesmo ingênua está longe de desaparecer dos quintais de nossas casas e das praças e jardins de nossas cidades, mesmo que estes estejam em grandes prédios.

Fonte: Wikiaves

Garça-branca-grande (Ardea alba)

A garça-branca-grande (Ardea alba, sinônimo Casmerodius albus ), também conhecida apenas como garça-branca, é uma ave da ordem Ciconiiformes. É comum à beira dos lagos, rios e banhados. Foi muito caçada para a retirada de egretas - penas especiais que se formam no período reprodutivo - para a indústria de chapéus para mulheres. Pode ser confundida com a garça-branca-pequena.




Características

Mede cerca de 90 cm. Seu corpo é completamente branco. É facilmente identificada pelas longas pernas e pescoço, característica dos membros da família. O bico é longo e amarelado, e as pernas e dedos pretas. Apresenta enormes egretes(penas especiais que se formam no período reprodutivo). A íris é amarela. Muitas pessoas pensam que a garça-branca-pequena ( Egretta thula ) é o filhote da garça-branca-grande, porem trata-se de uma espécie a parte que difere da ultima por apresentar a ponta do bico e as pernas escuras enquanto a base do bico e os pés são amarelados, sendo também menor.


Alimentação

Alimenta-se principalmente de peixes, mas já foi vista comendo quase que tudo o que possa caber em seu bico. Pode consumir pequenos roedores, anfíbios, répteis, insetos e até lixo! Em pesqueiros aproxima-se muito dos pescadores para pegar pequenos peixes por eles dispensados, chegando a comer na mão. É muito inteligente e pode usar pedaços de pão como isca para atrair os peixes dos quais se alimenta. Engolem às vezes cobras e préas. Aproximar-se sorrateiramente com o corpo abaixado e o pescoço recolhido e bica seu alimento, esticando seu longo pescoço.

Reprodução

Na época da reprodução os indivíduos de ambos os sexos apresentam longas penas no dorso chamadas egretas. Estas egretas foram por muito tempo moda como adorno de chapéus e roupas na Europa e a demanda pelas penas levou centenas de milhares de garças à morte justamente em seu período reprodutivo. Felizmente esta pratica é praticamente inexistente hoje em dia e a população desta garça é bem numerosa. Constroem o ninho, grande e feito de gravetos, em ninhais que podem ter milhares de indivíduos de várias espécies de aves aquáticas.

Fonte: Wikiaves.